Minha relação com a Língua Portuguesa e a Literatura iniciou-se desde muito cedo, com minha mãe contando-me estórias oralmente antes de dormir. Por exemplo, quando ela contava-me a estória da Chapéuzinho Vermelho, e narrava a parte em que Chapéuzinho está andando pelo bosque em direção á casa da Vovó com uma cestinha cheia de doces, perguntava à sobre as guloseimas que vinham dentro da cesta e ela pacientemente me explicava.
Depois que aprendi a ler - entre os cinco e seis anos – o primeiro livro que talvez eu tenha lido seja um livro com os clássicos da Disney, chego a me lembrar quais eram as três primeiras estórias: 101 dálmatas; A Bela e a Fera; Dumbo. Em seguida, vinham mais estórias – não necessariamente nessa ordem – Pinóquio; A pequena sereia; Bambi; Pocahontas; A dama e o vagabundo; Peter Pan; Aladin; Alice no país das maravilhas; Os aristogatas.
Esse livro tinha cerca de quatrocentas e dezesseis páginas, metade de cada página era ocupada por uma ilustração – já que era um livro infantil – e li-o tantas vezes – mais de dez – que cheguei a conseguir a conseguir lê-lo todo num dia.
Nessa época, eu lia também um Atlas do corpo humano com as matérias de Botânica, Zoologia e Anatomia Humana. Apesar de ler, não conseguia compreende-lo muito bem.
Eu também costumava pegar meu livro didático de Língua Portuguesa para ler – não lia as partes que explicavam regras, apenas os textos – e, inclusive, pegava os livros da minha irmã também, que estava dois anos á minha frente.
Também li a coleção Vaga-lume. O primeiro livro dessa série que li foi: Ameaça nas trilhas do tarô, em seguia seguiram-se vários: Na barreira do inferno; Deus me livre! ; A ilha perdida; O ninho dos gaviões; Meninos sem pátria; Garra de campeão; O mistério do cinco estrelas; Um cadáver ouve rádio; O rapto do garoto de ouro; Sozinha no mundo; Dinheiro do céu; Enigma na televisão; Coração de onça; O caso da borboleta Atíria; Tráfico de anjos; Na mira do vampiro; Tonico e outros.
Quando eu tinha nove anos eu me mudei de São Paulo para Itanhaém, no litoral paulista. Devido ao local que eu morava a transmissão de televisão não era muito boa, e eu fiquei muito tempo sem assistir televisão.
Então, quando comecei a estudar na escola Divanir Maria Cardoso, eu ia na biblioteca e pegava alguns livros para ler.Foi aí que comecei a ter contato com um escritor muito especial: Monteiro Lobato. Não me lembro por qual livro comecei, mas viajei muito em: História das invenções; Serões de Dona Benta; História do mundo para crianças; A chave do tamanho; O poço do Visconde; Geografia de Dona Benta. Ah! E o meu preferido: Os doze trabalhos de Hércules, pena que o livro era dividido em dois tomos e lá só tinha as aventuras dos seis primeiros trabalhos: O leão da Neméia; A Hidra de Lerna; A corça dos pés de bronze; O javali de Erimanto; As cavalarias de Augias e As aves do lago Estinfale.
Foi nessa escola também que li o livro As mil e uma noites, nessa biblioteca havia quatro volumes, que iam a primeira até pouco mais da ducentésima noite, adorava ler toas aquelas aventuras, os gênios as lâmpadas maravilhosas, tapetes voadores! É claro que de início achei sua leitura muito complicada, mas mesmo assim, seguia em frente.
Ainda nessa biblioteca eu tentei ler um livro de Monteiro Lobato, mas não fazia parte de sua obra infanto-juvenil: o romance Urupês. Tentei lê-lo, mas por mais que tentasse não conseguia entendê-lo. E ainda, com uma prima, peguei o livro Negrinha – também de Monteiro Lobato – emprestado, mas foi inútil tentar lê-lo.
Voltando á Bahia, eu passei a estudar na escola Horácio de Matos, a sala estava se organizando para fazer a peça: Zé Vagão da Roda Fina e sua mãe Leopoldina, cheguei a ler o livro a peça de teatro, mas, tive que ir embora da escola e não participei da peça.
Em seguida vieram livros interessantes: Agora estou sozinha; A marca de uma lágrima; O fantástico mistério de Feiúrinha; Pântano de sangue, todos de Pedro Bandeira. E lia mais livros de outros escritores: Eu, detetive; O incrível roubo da loteca; Resgate no tempo; A odisséia; Ali Babá e os quarenta ladrões; O mágico de Oz; Dom Quixote – O cavaleiro da triste figura; O retrato de Dorian Gray; Uma luz no fim do túnel; Corações em êxtase; Anjo loiro. Ainda nesse ano, comecei a aprender conjugação de verbos, apesar de não gostar, conseguia entender.
Duas obras que gostei muito de ler foram duas peças teatrais do dramaturgo inglês William Shakespeare: Otelo – O mouro de Veneza – do qual nunca vou me esquecer o desfecho – e Sonho de uma noite de verão – do qual nunca vou me esquecer o início – que é o seguinte: “Há quem diga que todas as noites são de sonho. Outros não, só as de verão. Mas nenhum ficou tão famoso quanto este o Sonho de uma noite de verão”.(...)
Enquanto isso na 5.ª série, as coisas começaram a piorar. O primeiro livro que me pedem para ler, eu já tinha lido. E aí quando mudou de professora começou uma chateação com orações, verbos, sujeitos, substantivos, adjetivos...
Foi nesse ano que li um livro do meu escritor preferido: Sidney Sheldon o título do livro era: A herdeira. Adorava a maneira de como ele dedicava um capítulo inteiro a um de seus personagens. De como fazia aqueles flashbacks com seus fantoches.
Como eu lia muito, era o melhor em leitura na sala de aula, e quando algum professor pedia para ler algo em voz alta eu sempre me oferecia.
A isso seguiram-se: Bisa Bia, Bisa Bel de Ana Maria Machado; a versão original de Os três mosqueteiros de Alexandre Dumas; Um médico na tempestade; Sonhando com o amor; Perigosa e fascinante; Dom Casmurro; Ressurreição; As mãos de Eurídice; Ubirajara.
Nessa época, eu tentei ler o livro O jogo da amarelinha, de um escritor sul-americano. Ele tinha duas maneiras de ser lido – por isso, o título – mas além de muito comprido, era de difícil compreensão, por isso desisti de lê-lo, coisa rara que eu faço quando leio um livro.
Li também: Nada dura para sempre; A outra face; O outro lado da meia-noite; Se houver amanhã; O plano perfeito; O reverso da medalha, todos de Sidney Sheldon.
Houve um período em que fiquei sem ter aulas de Língua Portuguesa na escola, então, adeus Gramática!
Gostei de ter lido as confissões de um jovem paralítico Feliz ano velho de Marcelo Rubens Paiva, de uma portadora do vírus HIV em Depois daquela viagem; de Valéria Piassa Pollizi. De saber como funciona o roteiro de um longa-metragem em Meu tio matou um cara e outras histórias de Jorge Furtado.
Além de dois livros que já citei anteriormente, li também alguns contos do maior escritor da Literatura Brasileira.
Quando voltei à Eunápolis na 8.ª série , achei a biblioteca do Armando Ribeiro Carneiro muito interessante. O que mais gostei de ter lido lá foi: O hotel New Hampshire de John Irving, achei-o tão interessante! É meu livro preferido, gostei tanto que criei até uma comunidade no Orkut para ele.
O livro versa sobre uma família, por sinal muito excêntrica, o pai e marido, abre hotéis, para de certa forma lembrar o primeiro hotel em que ele e sua esposa se conheceram. A história é narrada em 1.ª pessoa, e o narrador é um escritor. O que dá a impressão da história ser ainda mais real.
Na história há, um motoqueiro judeu, homosexualidade – masculina e feminina – estupro, uma anã, incesto e até um urso!
Ainda no ano passado li O monte Cinco; Veronika decide morrer e O manual do Guerreiro da Luz, todos de Paulo Coelho, não gostei de nenhum dos livros e acho que ele está precisando de muita Gramática.
Eu tive o prazer de conhecer – em meio à toda aquela gramática da 8.ª série – Natividade e Arlane, elas me prepararam na parte de Português para a prova do Cefet. Nós debatíamos sobre violência, assistimos Tropa de elite juntos e depois discutimos sobre Meio ambiente, isto me ajudou muito.
E ainda no fim do ano passado, o primeiro livro que li de Jorge Amado: Capitães da areia.
Adorei sua forma de descrever a Bahia, os ritos africanos, o drama – ou até mesmo a comédia - dos meninos de rua, seus personagens eram muito cativantes.
No início deste ano, viajei para Itabuna e fiquei hospedado na casa dos meus avós, lá li alguns livros: O grande conflito de Ellen G. White; A morte não marca hora; Golpe em Las Vegas; Obsessão fatal; Grande sepultura. Depois, comprei O código DaVinci de Dan Brown, não o achei muito interessante, mas mesmo assim o li.
Depois de um tempo – os livros já tinham terminado – eu fiquei sabendo que havia uma biblioteca na cidade, então, fui lá e fiz o meu cadastro. O primeiro livro que fiz empréstimo foi Um estranho no espelho de Sidney Sheldon, não o considero um de seus melhores livros. Peguei também os quatro volumes de As brumas de Avalon de Marion Zimmer Bradley, as aventuras e os romances nele retratados são fascinantes.
E ainda li A mulher do próximo de Gay Talese que falava sobre a Revolução Sexual Estadunidense, a biografia de Michael Jackson, de Adolf Hitler, Cleópatra e Rei Artur. O telefone amarelo de Chico Anísio, que é divertidíssimo. O pagador de promessas de Dias Gomes, e ainda tentei ler um imenso exemplar do livro Darwin – A vida de um evolucionista atormentado, a biografia do cientista Charles Darwin, mas sua leitura era cansativa e desisti de lê-lo.
E também comprei os livros: O negócio é o seguinte de Ellen DeGeneres, que achei ótimo e muito engraçado; Clandestinos na América de Dau Bastos que achei regular, Darapti – O despertar de Oto de Marcelo Malheiros Por quê não eu? De Al Franken, um comediante estadunidense, mas não foi tão divertido lê-lo talvez pela falta de identidade cultural.
Quando comecei a estudar no Cefet, não achei a biblioteca da escola muito interessante, nem podia chegar às prateleiras para pegar os livros.
Mas mesmo assim, acabei lendo alguns: Enigma na Capela Real; Drácula; O nome do jogo de Will Eisner e outros.
Aí li Manual prático do ódio de Férrez. Não consegui achá-lo interessante, era muito diferente dos livros que eu estava acostumado a ler, mas também não achei-o triste por tantos personagens morrerem em seu desfecho.
E ainda houve os inúmeros contos e textos que eram pedidos para serem lidos.
Tive a leitura de Robinson Crusoé de Willem Dafoe. Achei muito interessante o debate do livro de Sandra Azeredo Preconceito contra a mulher. Li A metamorfose de Franz Kafka e li também sua transposição para os quadrinhos e outros pedidos pelo professor.
O último livro que li foi Farda fardão camisola de dormir, achei-o muito interessante por ser parecido com Assassinatos na Academia Brasileira de Letras de Jô Soares, além de muito irônico.
Daqui para frente só espero ler e evoluir ainda mais.